A junta militar que assumiu o poder na Tailândia libertou nesta sexta-feira dois jornalistas e um universitário, e intimou mais opositores dos "camisas vermelhas", parte da operação para silenciar a dissidência.
As autoridades indicaram que as pessoas colocadas em liberdade não podem falar de política em público nem sair da cidade de residência sem autorização oficial.
Um dos jornalistas é o tailandês Pravit Rojanaphruk, do jornal The Nation, cuja libertação foi reivindicada por organizações da imprensa do Sudeste Asiático desde que se apresentou à convocação dos militares golpistas, no domingo.
O outro colega que recobrou a liberdade é Thanapol Eiwsakul, editor da revista Fah Diew Gan, que estava detido desde sexta-feira.
A lei marcial que rege a Tailândia desde 20 de maio, dois dias antes do golpe, não permite a detenção de uma pessoa por mais de sete dias sem a apresentação formal de acusações.
Por outro lado, 16 "camisas vermelhas", grupo partidário do governo deposto, tinham de se apresentar hoje ao Conselho Nacional pela Paz e a Ordem, o nome oficial da junta militar.
Suporn Atthawong, um dos dirigentes dos "camisas vermelhas", anunciou ontem à noite que deixaria a política após readquirir a liberdade. Ele ficou seis dias detido em um quartel, segundo o jornal Bangcoc Post.
O chefe do exército da Tailândia, Prayuth Chon-ocha, deu um violento golpe de Estado em 22 de maio para, alegou, garantir a lei e a ordem após meses de manifestações populares que deixaram 28 mortos e mais de 800 feridos.
O governo e o legislativo foram dissolvidos, a Constituição suspensa, declarado o toque de recolher, censurado a imprensa e intimadas menos 270 pessoas. Desde a queda da monarquia absolutista, em 1932, a Tailândia sofreu 12 golpes de estado.
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Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
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Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
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Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
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Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
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Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
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Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
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Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
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Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
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Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
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