A junta militar da Tailândia intimou nesta terça-feira 16 políticos, um dia depois de o rei Bhumibol Adulyadej dar o sinal verde para que ela assumisse o governo após os militares tomarem o poder em um golpe de estado.
Entre eles estão o ex-presidente do parlamento, Ukrit Mongkolnavin e políticos não vinculados com nenhuma dos grupos enfrentados, como o populista ex-dono de prostíbulos, Chuwit Kamolvisit.
Os militares também convocarão líderes do movimento contra o governo que nos últimos sete meses protestaram contra o executivo em manifestações que deixaram 28 mortos e 800 feridos e que provocaram a intervenção do exército.
Desde sexta-feira, os militares intimaram mais de 200 políticos, aliados e colaboradores do governo deposto, intelectuais, acadêmicos, ativistas e jornalistas, a maioria deles detidos temporariamente.
Nos últimos dias os militares também convocaram os diretores de 18 jornais, que receberam indicações sobre como devem informar, e grandes empresários, aos quais os militares pediram neutralidade e ajuda para tranquilizar os investidores estrangeiros.
O chefe do exército, o general Prayuth Chan-Ocha, foi confirmado formalmente ontem pelo rei como líder do Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial do novo regime.
Prayuth defendeu a intervenção do exército como necessária após meses de protestos por causa do risco iminente de uma explosão da violência entre partidários e opositores do governo.
O general garantiu que serão organizadas eleições gerais tão em breve quanto possível e se restabeleça a calma, mas evitou indicar prazos.
A junta militar, que nos últimos dias afiançou seu poder com a dissolução do Senado e a expulsão de altos cargos da polícia, tinha anunciado a intenção de promover um processo de reformas políticas e econômicas.
1 de 11
Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
2 de 11
Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
3 de 11
Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
4 de 11
Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
5 de 11
Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
6 de 11
Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
7 de 11
Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
8 de 11
Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
Foto: Reuters
9 de 11
O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
Foto: Reuters
10 de 11
Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
11 de 11
Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
Foto: Reuters