Taiwan confirma 47 mortos e 11 feridos em acidente aéreo

Uma das caixas-pretas do avião que caiu nas ilhas Penghu já foi encontrada

23 jul 2014 - 16h35
(atualizado às 16h36)
<p>Bombeiros observam destroços do avião da TransAsia Airways nas ilhas Penghu, em 23 de julho</p>
Bombeiros observam destroços do avião da TransAsia Airways nas ilhas Penghu, em 23 de julho
Foto: Wong Yao-wen / Reuters

O Ministério do Transporte de Taiwan confirmou que 58 pessoas estavam a bordo do avião da companhia TransAsia Airways que caiu nesta quarta-feira ao tentar realizar uma aterrissagem de emergência em meio a um forte temporal nas ilhas Penghu (Pescadores), em Taiwan. 

Um total de 47 pessoas morreram e 11 ficaram feridas no acidente, que ocorreu por volta das 19h local (8h, em Brasília), quando o avião, um bimotor ATR 72, caiu a um quilômetro da pista de aterrissagem na cidade de Xixi, situada nas ilhas de Penghu (também chamadas Pescadores, ao oeste de Taiwan).

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Cobrindo uma rota doméstica, o voo GE222 tinha saído do aeroporto de Kaohsiung Siaogang (situado na cidade homônima, ao sudoeste de Taiwan) com mais de uma hora de atraso devido às más condições atmosféricas derivadas do tufão Matmo, e estava previsto que aterrissasse cerca de meia hora depois no aeroporto de Magong, em Penghu.

Ao chegar à zona, no entanto, o piloto pediu à torre de controle permissão para voar em círculos antes de aterrissar, momento no qual perdeu o contato com terra, segundo explicou Jean Shen, diretor-geral da Administração Civil Aeronáutica de Taiwan, em entrevista coletiva recolhida pela agência oficial chinesa Xinhua.

As autoridades taiwanesas confirmaram que foi encontrada uma das caixas-pretas do aparelho.

Apesar dos alertas por chuvas derivadas do tufão, o avião tinha permissão para voar a Magong, segundo as autoridades da ilha. Algumas testemunhas asseguraram aos meios de comunicação locais que o avião estava envolvido em chamas ao cair e se chocou contra dois imóveis, e que, em consequência, quatro moradores da ilha ficaram feridos.

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Em fotografias que começaram a circular pela internet, é possível diferenciar partes do avião queimadas e massas de ferro.

"Ele passou a cerca de 150 metros da minha casa. O avião caiu contra uma casa, mas por sorte não havia ninguém nela. Os vizinhos chamaram os bombeiros, que chegaram em dez minutos", comentou um testemunha do acidente ao jornal South China Morning Post.

Outros, como Liu Chun-yao, destacaram as más condições atmosféricas no momento do acidente. "Choveu muito forte durante toda a tarde. Havia trovões e relâmpagos, e ventos muito potentes", assinalou ao jornal.

O tufão Matmo chegou nesta quata-feira a Taiwan acompanhado de ventos de mais de 100 km/h e de fortes chuvas que provocaram inundações e deslizamentos de terra.

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O Matmo deixou dois mortos e dezenas de feridos, enquanto mais de cinco mil pessoas foram evacuadas.

Esta última tragédia de um avião de passageiros se soma a outros dois graves acidentes ocorridos em apenas quatro meses, com o caso anterior mais recente, o do voo MH17 da Malaysia Airlines, supostamente derrubado com 298 pessoas a bordo em pleno voo enquanto passava pela Ucrânia.

Enquanto a Holanda recebeu hoje em um dia de luto nacional e com honras militares os primeiros restos das quase 300 vítimas, ainda se desconhece o paradeiro do voo MH370 da mesma companhia desaparecido em março.

Mais de quatro meses depois do fato, ainda é um mistério o que aconteceu com o avião, que fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim com 239 pessoas a bordo, em sua maioria de nacionalidade chinesa, e desapareceu das telas dos controles por radar após 40 minutos da decolagem.

O acidente da TransAsia Airways, que está sendo investigado por uma equipe enviada por Taiwan às ilhas Penghu, já representa a pior tragédia aérea de sua história.

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Foto: Arte Terra

  
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