As mais de 13 mil seções eleitorais estabelecidas nesta terça-feira (9) na Coreia do Sul para as eleições presidenciais fecharam suas portas e os dados oficiais indicam que o país deve registrar a maior participação do eleitorado em 20 anos, superando os 80%, motivado pela indignação gerada pelo caso "Rasputina". As informações são da Agência EFE.
As 13.964 seções de votação distribuídas por todo o país permaneceram abertas durante 14 horas para incentivar a participação dos eleitores no país asiático.
Faltando uma hora para o encerramento da votação, mais de 75% dos eleitores já tinham depositado seu voto, segundo dados da Comissão Nacional Eleitoral (NEC, sigla em inglês).
Além disso, mais de um quarto dos 42,4 milhões de eleitores sul-coreanos votou antecipadamente, na semana passada, nos dias habilitados. A comissão eleitoral disse publicamente que espera que a participação supere o limite de 80% pela primeira vez desde 1997.
Os últimos levantamentos davam como favorito o liberal Moon Jae-in com 42% das intenções de voto. Atrás de Moon, com cerca de 20 pontos de diferença, estão o centrista Ahn Cheol-soo e o conservador Hong Yoon-pyo.
Rasputina
Estas eleições estão marcadas pelo caso Rasputina e as pesquisas indicam que a direita será punida nas urnas devido ao envolvimento da ex-presidente conservadora Park Geun-hye em um esquema de corrupção.
O caso Rasputina levou a Coreia do Sul, pela primeira vez em sua história democrática, a antecipar as eleições para escolher o presidente depois que, também de forma inédita, o Tribunal Constitucional ratificou sua destituição.
Park Geun-hye, que foi deposta em 10 de março devido ao seu envolvimento no caso de corrupção, se encontra em prisão preventiva e pode ser condenada à prisão perpétua.
Ela é acusada de criar uma rede de tráfico de influência com sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a Rasputina por sua influência sobre a ex-governante, que cobrou propinas de milhões de dólares de grandes empresas.