Um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter causou um pequeno tsunami neste sábado no litoral de três províncias do nordeste do Japão, mas sem registrar danos consideráveis e sem afetar as usinas nucleares da região.
O terremoto aconteceu às 4h22 locais (16h22 de Brasília da sexta-feira) a 140 quilômetros do litoral de Fukushima e com epicentro a cerca de 10 quilômetros de profundidade. Um alerta de tsunami chegou a ser emitido, mas foi suspenso duas horas depois.
O alerta, que previa ondas de um metro, incluía o litoral das províncias de Fukushima, Miyagi e Iwate, a mesma área atingida em março de 2011 por um terremoto de magnitude 9, que foi seguido por um tsunami, causando milhares de mortes e que resultou numa das piores crises nucleares da história.
A operadora da central de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), informou hoje que não houve danos na usina, mas alguns de seus funcionários tiveram que ser evacuados do píer localizado em frente à mesma.
A Agência Meteorológica do Japão, que informou que o tremor de hoje era uma réplica do grande terremoto que ocorreu há três anos, registrou uma elevação do nível do mar de cerca de 30 centímetros na região da central nuclear. Por sua vez, a operadora Tohoku Electric Power comunicou que também não detectou nenhum problema na central de Onagawa, na Prefeitura de Miyagi.
Depois que foi emitido o alerta de tsunami, as autoridades locais da região fizeram avisos de evacuação em nove municípios das províncias de Miyagi e Iwate, o que afetou 26 mil pessoas, segundo os números divulgados pela agência Kyodo. Na Prefeitura de Fukushima, três pessoas ficaram feridas sem gravidade.
A Agência Meteorológica do Japão registrou ondas de 20 centímetros na cidade de Ishimaki e de 10 centímetros em Ofunato, depois das 5h10 locais (17h10 de Brasília da sexta-feira).
As autoridades suspenderam o alerta de tsunami às 6h15 locais (18h15 de Brasília da sexta-feira), sem que nesse período fossem registrados danos materiais ou alterações na rede de transporte dessa região japonesa.
O Japão está localizado sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma das regiões de maior atividade sísmica no mundo, e sofre terremotos com bastante frequência, por isso as infraestruturas do país são desenvolvidas para suportar os tremores.