A Coreia do Norte disse hoje (25) que as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu discurso semana passada na Assembleia das Nações Unidas, representaram uma "declaração de guerra". Em um raro diálogo com a imprensa em Nova York, o ministro norte-coreano de Relações Exteriores, Ri Yong Ho, alegou que seu país "tem o direito de se defender", pois a declaração de Trump de que os EUA estão prontos para "destruir" Pyongyang foram uma "declaração de guerra" diante de todo o mundo.
"A carta das Nações Unidas sanciona o direito à autodefesa de seus Estados-membros. Visto que os Estados Unidos declararam guerra a nosso país, temos o direito de responder e abater caças norte-americanos, mesmo que não estejam nas nossas fronteiras", indicou o chanceler. Acompanhado de uma delegação de cinco pessoas, Ri Yong Ho chegou na semana passada aos EUA para acompanhar os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Na terça-feira (19), Trump disse, diante dos chefes de Estado presentes na conferência, que os EUA estavam prontos para "destruir" a Coreia do Norte, caso o país não desista de seu programa nuclear e balístico. Em resposta à declaração do chanceler, o Pentágono disse ter um "arsenal imenso" para fornecer a Trump para "enfrentar a Coreia do Norte". "Oferecemos ao presidente todas as alternativas necessárias se as provocações de Pyongyang continuarem", comentou o porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning.