Vietnamitas põem fogo em fábricas em protesto anti-China

Maiores afetados teriam sido empresas taiwanesas que foram confundidas plos manifestantes com companhias chinesas

14 mai 2014 - 08h53
(atualizado às 10h59)
<p>Bombeiros descansam perto de uma fábrica de sapatos chinesa que foi danificada, no sul da província de Binh Duong, no Vietnã, em 14 de maio</p>
Bombeiros descansam perto de uma fábrica de sapatos chinesa que foi danificada, no sul da província de Binh Duong, no Vietnã, em 14 de maio
Foto: Reuters

Milhares de vietnamitas puseram fogo em fábricas e provocaram tumulto em zonas industriais no sul do Vietnã depois de protestos contra a prospecção de petróleo por parte dos chineses em uma parte do Mar do Sul da China reivindicado pelo país, disseram autoridades vietnamitas nesta quarta-feira.

Os maiores afetados parecem ter sido empresas taiwanesas nas zonas industriais nas províncias de Binh Duong e Dong Nai, já que os manifestantes confundiram essas companhias com as de propriedade de chineses. Autoridades vietnamitas não deram mais detalhes, mas informaram que os portões das fábricas foram danificados e os vidros, quebrados. A polícia disse estar investigando os fatos.

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Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Cingapura disse que as instalações de algumas empresas estrangeiras foram invadidas e incendiadas nas zonas industriais.

"Cerca de 19.000 trabalhadores estavam protestando contra a violação chinesa de águas territoriais do Vietnã", disse o vice-presidente do Comitê do Povo de Binh Duong, Tran Van Nam, a repórteres na província.

"Alguns trabalhadores ficaram revoltados, destruíram portões de empresas e entraram em suas instalações, pedindo aos outros trabalhadores que se unissem a eles em uma greve."

A Formosa Plastics Group, de Taiwan, disse que houve danos à propriedade, mas não deu detalhes. Não há informações sobre feridos.

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A China alega que quase todo o Mar do Sul da China pertence ao seu território. A área é rica em depósitos de energia e uma importante passagem de navios, por onde transitam anualmente mercadorias num total de cerca de 5 trilhões de dólares.

Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã reivindicam partes da área.

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