As Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam nesta quinta-feira (26) a cidade de Sanaa, capital do Iêmen, e o porto de Hodeida em resposta aos recentes lançamentos de mísseis efetuados pelo grupo rebelde Houthis.
As ofensivas de Israel, que atingiram diversos pontos da nação, ocorreram durante um discurso do líder do grupo xiita pró-Irã, Abdul-Malik al-Houthi.
De acordo com testemunhas e insurgentes ouvidos pela imprensa local, os ataques aéreos acertaram o aeroporto internacional de Sanaa e uma central elétrica supostamente controlada pelos Houthis.
A emissora Al Masirah, afiliada ao grupo rebelde, descreveu a ofensiva como uma "agressão israelense".
Em um vídeo divulgado pelo seu gabinete, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que seguirá atacando os Houthis "até que o trabalho seja concluído".
"Estamos determinados a cortar este ramo terrorista do eixo iraniano do mal. Continuaremos até que o trabalho seja concluído", declarou o chefe de governo.
As IDF, contudo, declararam que os alvos atingidos no Iêmen foram "infraestruturas utilizadas pelo regime terrorista Houthis para as suas atividades militares", incluindo a "transferência de armas iranianas".
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que estava no aeroporto de Sanaa quando Israel lançou o ataque aéreo.
"Quando estávamos prestes a embarcar em nosso voo de Sanaa, o aeroporto foi bombardeado. Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas morreram. A torre de controle, a sala de embarque, alguns metros de onde estávamos, e a pista ficaram danificadas", escreveu nas redes sociais.
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