Ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 14 palestinos em três incursões diferentes na Faixa de Gaza neste domingo, aumentando para 102 o número de mortos no fim de semana, informaram médicos palestinos, enquanto mediadores norte-americanos e árabes intensificavam os esforços para chegar a um acordo de cessar-fogo.
Autoridades de saúde disseram que um dos ataques matou cinco pessoas em uma casa no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, e outro matou mais quatro em Jabalia, no extremo norte do enclave, onde as forças israelenses estão há três meses.
Um dos ataques aéreos deste domingo atingiu uma delegacia de polícia em Khan Younis, no sul de Gaza, e matou cinco pessoas, disseram os médicos. Não ficou claro se todas as vítimas eram policiais.
Os militares israelenses não comentaram sobre os ataques deste domingo.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, contabilizou que os ataques israelenses em todo o território mataram pelo menos 88 palestinos e feriram mais de 200 nas últimas 24 horas.
No bairro de Sheikh Radwan, em Gaza, parentes e vizinhos correram para a casa da família Zuhd, atingida na noite de sábado por um ataque aéreo que matou sete pessoas, informaram os médicos. Na manhã de domingo, continuaram as buscas por outras quatro pessoas que se acredita estarem presas sob os escombros.
A mão de um dos mortos podia ser vista entre as ruínas, e o resto do corpo estava enterrado sob a alvenaria desmoronada. Três homens removeram a sujeira com as próprias mãos para recuperar os corpos e procurar possíveis sobreviventes.
"Três jovens, a esposa do filho e três filhos ainda estão aqui. Resgatamos esse meu primo. Outro primo foi torturado e está no hospital. Aproximadamente onze pessoas foram torturadas aqui", disse Ammar Zuhd, um parente, à Reuters.