Uma gravação de áudio do ex-presidente Donald Trump, feita em julho 2021, enfrequece sua mais recente afirmação de que o material se consistia apenas de recortes de notícias. O áudio era, segundo Trump, sobre uma discussão acerca de um documento "altamente confidencial" referente ao Irã.
Partes da transcrição da gravação de dois minutos de Trump foram citadas, por promotores federais, no indiciamento do ex-presidente sob a acusação de que ele havia colocado segredos de segurança nacional em risco ao manusear incorretamente documentos confidenciais após deixar o cargo. Também foi acusado de, em seguida, obstruir os esforços do governo em reaver os documentos.
A gravação capturou sua conversa em julho de 2021 com um editor e um escritor que trabalhava em um livro de memórias do último chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows. Na conversa, Trump discutiu sobre o que descreveu como um plano "secreto" em relação ao Irã, elaborado pelo general Mark A. Milley, presidente do Estado-Maior, e pelo Departamento de Defesa.
Trump estava citando o documento para refutar um relato de que o general Milley temia ter que impedi-lo de fabricar uma crise com o Irã no final de 2020, depois de sua derrota à reeleição .
Este áudio provavelmente será apresentado como prova no julgamento do ex-presidente Trump no caso dos documentos oficiais.
Na semana passada, em uma entrevista com o apresentador da Fox News, Bret Baier, Trump insistiu que não estava apresentando material confidencial, ou qualquer documento "secreto" ou "altamente confidencial", mas sim que se referia a "histórias de jornais, histórias de revistas e artigos".
Porém, a gravação completa do áudio do encontro sugere que Trump não estava se referindo a documentos de pouca importância, e sim a um papel - documento - específico, ou papéis.
not "Hoisted by Own Petard"
not "Audio Cuts Trump Down"
not "Trump Contradicts Self"
not "Trump Lied!"
but "Audio Undercuts Trump's Assertion He Did Not Have Classified Document" pic.twitter.com/uaLmMQFWX4
— smith (@protanope) June 27, 2023