Aumentou o número de cidades em alerta vermelho na Itália por causa da intensa onda de calor que atinge a Europa Ocidental.
Atualmente, nove das 27 capitais de província monitoradas diariamente pelo Ministério da Saúde estão em alerta máximo devido às altas temperaturas: Bolonha, Bolzano, Brescia e Gênova, no norte do país, e Florença, Latina, Perúgia, Rieti e Roma, no centro.
Já nesta quinta-feira (21), esse número sobe para 14, com o acréscimo de Milão e Turim, na Itália setentrional, Frosinone e Viterbo, no centro da península, e Campobasso, no sul do país.
Na sexta (22), o alerta vermelho se estenderá também a Verona e Trieste, ambas no norte italiano.
As ondas de calor se caracterizam por temperaturas elevadas por vários dias consecutivos, frequentemente associadas a forte irradiação solar e falta de ventilação. Essas condições climáticas podem representar riscos para a saúde da população, especialmente idosos, doentes crônicos, crianças e grávidas.
"O calor excessivo causa problemas de saúde porque pode alterar o sistema de regulação da temperatura corporal", explica o presidente da Sociedade Italiana de Medicina Ambiental (Sima), Alessandro Miani.
"O corpo humano se resfria através do suor, mas isso não é suficiente em determinadas condições: Uma umidade excessiva impede que o suor evapore, aumentando rapidamente o calor corporal e podendo prejudicar órgãos vitais e o cérebro", acrescenta.
Ao longo dos próximos dias, o país pode registrar temperaturas superiores aos 40ºC em diversas cidades. Apenas em Espanha e Portugal, mais de mil pessoas já morreram em função da atual onda de calor, mas a Itália ainda não forneceu nenhuma estimativa do tipo.