Bancos internacionais de desenvolvimento estão preparando um pacote de empréstimos de emergência para três países do oeste da África assolados pelo vírus do Ebola, informaram autoridades das instituições nesta segunda-feira, quando líderes africanos se reuniram em Washington para uma cúpula sobre a região.
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O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Donald Kaberuka, declarou à Reuters que o banco irá disponibilizar fundos de imediato para Libéria, Serra Leoa e Guiné, cujos sistemas de saúde pública estão sobrecarregados pela epidemia. O pior surto de Ebola da história já matou quase 900 pessoas desde seu surgimento, em fevereiro.
Funcionários do banco disseram que o financiamento será de quase US$ 60 milhões. “Estes países precisam de apoio estrutural para erguer seus sistemas de saúde” ainda se recuperando de anos de conflito, afirmou Kaberuka. “Temos a ciência, a habilidade e os meios para conter esta coisa. Estou confiante nisso”, acrescentou.
O Banco Mundial anunciou até US$ 200 milhões em financiamento de emergência para Guiné, Libéria e Serra Leoa. O montante também ajudará os países a melhorar os sistemas de saúde e a lidar com o impacto econômica da crise.
O financiamento é parte de um plano de auxílio de US$ 100 milhões lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na semana passada. Na sexta-feira, a chefe da OMS, Margaret Chan, declarou que o Ebola está ultrapassando seus esforços para conter o surto e alertou para as consequências catastróficas se a situação se deteriorar.
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Os EUA também irão oferecer mais ajuda para os países afetados e as agências internacionais que combatem a epidemia, fornecendo equipamentos e conhecimento técnico, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
Autoridades do Departamento de Estado estavam reunidos com o presidente de Guiné, Alpha Condé, e representantes de Libéria, Serra Leoa e Nigéria nesta segunda-feira para discutir o auxílio norte-americano.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que "medidas drásticas" devem ser tomadas para conter o surto de ebola na África Ocidental, que já matou cerca de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos, número de mortes e em distribuição geográfica. Na foto, uma equipe está próxima ao corpo de uma vítima
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Mais de 600 casos já foram registrados na República da Guiné, onde o surto começou há 4 meses em Guekedou (foto acima). O local já foi um importante posto de troca na região, atraindo comerciantes de diversos países vizinhos.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora do controle. O MSF tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou. Outros países estão sob alerta. A foto acima mostra um paciente sendo tratado por funcionários da organização.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. E isso é só o início: o próximo passo é vômito, diarreia e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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O vírus é altamente contagioso,e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação. Dependendo da força, até 90% dos infectados morrem. Na foto, pacientes esperam resultado de exames de sangue
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Além de cuidar da clínica, a equipe tenta conscientizar as pessoas sobre a doença. No bairro de Touloubengo, colchões são distribuídos a cinco famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu. Enquanto não há um tratamento específico para o ebola, a equipe tenta fortalecer os pacientes tratando os sintomas.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Mas nem todos se salvam. Nessa foto, a família de Finda Marie Kamano, incluindo sua irmã (centro), e outros membros da comunidade, estão presentes em seu funeral próximo a sua casa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
Os presidentes de Libéria e Serra Leoa cancelaram seus planos para comparecer à cúpula para lidar com o surto em casa.
Na Nigéria, onde o americano Patrick Sawyer morreu do Ebola no fim de julho depois de passar pela Libéria, a OMS relatou três novos casos, dois deles prováveis e um possível caso de Ebola. Uma segunda americana que contraiu o Ebola no oeste africano deve chegar a Atlanta na terça-feira, de acordo com o grupo cristão missionário SIM USA.
Serra Leoa e Libéria mobilizaram centenas de soldados nesta segunda-feira em caráter emergencial para combater a doença. O surto começou nas florestas do remoto leste da Guiné em fevereiro.
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