Bangladesh mantém proibição de casamento de rohingyas

A medida tenta barrar cidadania aos refugiados de Myanmar

9 jan 2018 - 10h13
(atualizado às 10h38)

A Suprema Corte de Bangladesh decidiu manter a lei que proíbe casamentos de rohingyas no país, seja entre membros da minoria em fuga do Myanmar, seja com cidadãos bangladeshianos.

A medida tenta barrar cidadania aos refugiados de Myanmar
A medida tenta barrar cidadania aos refugiados de Myanmar
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A lei está em vigor desde 2014, como uma tentativa de barrar a garantia de cidadania aos rohingyas.

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A medida voltou à tona após um caso que ocorreu em agosto do ano passado, no qual o bangladeshiano Shoaib Hossain Jewel se casou com Rafiza, mulher rohingya. Ambos fugiram da polícia.

O pai de Jewel, Babul Hossain, havia solicitado a legitimidade da união e que seu filho não fosse preso, porém o Tribunal de Daca rejeitou o pedido. Portanto, sua família deverá arcar com uma multa de 100 mil taka (cerca de R$ 3 mil).

A lei ainda prevê uma pena de sete anos de prisão para quem não respeitar a proibição.

A etnia rohingya é minoria em Myanmar. Mais de 600 mil rohingyas estão em fuga, após uma onda e estupros e assassinatos por parte do Exército local.

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