O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai convocar neste domingo (20) o Conselho de Segurança Nacional para debater a crise no território ucraniano, informou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Segundo Psaki, o democrata tem recebido atualizações "regularmente" sobre a situação envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
"O presidente Biden continua monitorando a evolução da situação na Ucrânia e está sendo atualizado regularmente sobre os eventos no território por sua equipe de segurança nacional. Eles reafirmaram que a Rússia poderia lançar um ataque contra a Ucrânia a qualquer momento", diz a nota.
Hoje, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Biden está pronto para se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "a qualquer hora e em qualquer formato" e ressaltou que "a diplomacia é possível desde que os tanques não estejam realmente em movimento".
Já a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que os americanos compartilham informações de inteligência sobre o conflito entre os dois países com seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para decisões sobre sanções financeiras contra o governo de Vladimir Putin.
Na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, Harris informou que os anúncios de sanções contra os russos caso haja uma invasão na Ucrânia foram decididos em conjunto.
"Acreditamos que Putin fez sua decisão. Ponto final. Mas também digo que, como parte de nossa parceria no contexto da aliança, nós compartilhamos informação, claro, porque queremos ter certeza que todos estamos trabalhando com as mesmas informações para decisões críticas, como as sanções", declarou.
De acordo com a vice de Biden, "a Europa está à beira de uma possível guerra". "Cada nação tem suas prioridades e preocupações individuais sobre sua economia, segurança. Isso é sobre dissuadir a Rússia de invadir uma nação soberana. Todos nós sabemos como se parece uma guerra na Europa e o que significaria para cada um desses países", acrescentou.
Durante coletiva, Harris ressaltou que cada país da aliança tem suas próprias prioridades e preocupações sobre que fará e o impacto que isso pode ter nas economias e na segurança.
"Então, eu não negaria que a Itália tem suas próprias preocupações. Todos nós fazemos isso, é parte deste processo", disse a americana, ao ser questionada sobre as reservas da Itália em relação às sanções ao setor de energia na crise da Ucrânia.
Para Harris, "a Itália está muito presente nas conversas sobre como proceder para atingir o objetivo de dissuadir a Rússia de invadir".