O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira (28) que suas declarações sobre o seu homólogo russo, Vladimir Putin, reflete sua própria indignação pessoal e não uma indicação política sobre uma possível mudança no governo.
Falando com a imprensa, o democrata afirmou que não acredita que seus comentários sobre o líder russo gere complicações diplomáticas para resolver o conflito na Ucrânia.
No último fim de semana, na Polônia, Biden subiu o tom contra Putin, a quem chamou de "ditador" e carniceiro", e disse que o líder russo não deveria "continuar no poder".
"Eu não estava nem estou articulando uma mudança de política. Eu estava expressando indignação moral que senti e não peço desculpas", disse o americano, observando que havia acabado de visitar famílias deslocadas pela invasão russa da Ucrânia.
O presidente dos EUA ainda enfatizou que "não estava recuando em nada" ao se explicar. Questionado se a fala poderia provocar uma resposta negativa de Putin, ele disse não se importar "com o que ele pensa" porque "vai fazer o que vai fazer".
A fala foi definida como "alarmante" pelo Kremlin e também provocou desmentidos por parte do governo dos EUA. Além disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou para os riscos de uma "escalada verbal" com a Rússia.
Sobre a possibilidade de um encontro com o líder do Kremlin, Biden enfatizou que tudo depende do assunto sobre o qual ele vai querer debater.