O líder chinês, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniram nesta segunda-feira, 14, para negociações há muito esperadas que ocorrem quando as relações entre seus países estão no nível mais baixo em décadas, marcadas por divergências sobre uma série de questões que vão de Taiwan ao comércio.
Os dois, na primeira conversa pessoalmente desde que Biden se tornou presidente, se encontraram na ilha indonésia de Bali antes de uma cúpula do Grupo dos 20 (G20) na terça-feira, 15, que deve ser repleta de tensão devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Eles sorriram enquanto apertavam as mãos calorosamente em frente a uma fileira de bandeiras chinesas e norte-americanas em um salão no luxuoso hotel Mulia, na baía de Nusa Dua, em Bali.
"É ótimo ver você", disse Biden a Xi, acrescentando em comentários proferidos diante de repórteres que estava comprometido em manter as linhas de comunicação abertas em nível pessoal e governamental.
"Como líderes de nossas duas nações, compartilhamos a responsabilidade, na minha opinião, de mostrar que a China e os Estados Unidos podem administrar nossas diferenças, impedir que a competição... se transforme em conflito e encontrar maneiras de trabalhar juntos em questões globais urgentes que exigem nossa cooperação mútua."
Ele mencionou as mudanças climáticas e a insegurança alimentar como problemas que o mundo espera que seus dois países abordem.
Respondendo a Biden, Xi disse que a relação entre os dois países não está atendendo às expectativas globais.
"Portanto, precisamos traçar o curso certo para o relacionamento China-EUA. Precisamos encontrar a direção certa para o relacionamento bilateral avançar e elevar o relacionamento", disse Xi.
"O mundo espera que a China e os Estados Unidos lidem adequadamente com o relacionamento", afirmou ele, acrescentando que espera trabalhar com Biden para trazer os laços de volta ao caminho certo.
Nenhum dos líderes usava máscara para evitar a Covid, embora os membros de suas delegações o fizessem.
Espera-se que os principais tópicos de discussão sejam Taiwan, Ucrânia e Coreia do Norte, questões que também pairarão sobre o G20, que está sendo realizado sem a presença do presidente russo, Vladimir Putin.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, representará Putin na cúpula do G20 - a primeira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro - depois que o Kremlin disse que Putin estava ocupado demais para comparecer.