O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará 10 decretos nesta quinta-feira para combater a pandemia de coronavírus, orientando que fundos contra desastre sejam utilizados para ajudar a reabrir escolas e obrigando o uso de máscaras em aviões e trens, disseram autoridades.
Biden, democrata que assumiu o lugar do ex-presidente republicano Donald Trump na quarta-feira, prometeu uma luta acirrada contra a pandemia que matou 400 mil pessoas no país durante o mandato de Trump.
"Estamos entrando no que pode ser o período mais duro e fatal do vírus, e precisamos colocar a política de lado e finalmente enfrentar esta pandemia como uma única nação", disse o presidente em seu discurso de posse.
Um decreto exigirá o uso de máscaras em aeroportos e em certos meios de transporte público, como muitos aviões, trens e ônibus interurbanos, disseram autoridades.
Ele também planeja assinar decretos nesta quinta-feira para estabelecer um comitê de exames de Covid-19 para intensificar a realização de exames, tratar da escassez de suprimentos, criar protocolos para viajantes internacionais e direcionar recursos para comunidades minoritárias atingidas duramente pela doença infecciosa.
Ele pretende instruir a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema) a reembolsar integralmente os gastos de Estados e povos nativos com a Guarda Nacional e iniciativas de suprimentos emergenciais para combater o vírus. As medidas de Biden também restabelecerão o "reembolso integral" do Fundo de Alívio de Desastres da Fema para gastos relacionados à reabertura de escolas.
Normalmente, os fundos da Fema são desembolsados depois de furacões, inundações e outros desastres naturais. Instituições como hospitais podem solicitá-los desde que Trump declarou a pandemia uma emergência nacional em março.
Anteriormente, o fundo reembolsava 75% dos gastos.
"Esta é uma emergência nacional, e precisamos tratá-la de acordo", disse Jeff Zients, coordenador da reação da Casa Branca de Biden ao coronavírus, em uma conversa telefônica com repórteres.
Biden planeja parcerias com governos estaduais e municipais para estabelecer postos de vacinação em centros de conferência, estádios e ginásios.
O novo governo também mobilizará milhares de clínicos de agências federais, pessoal médico militar e redes farmacêuticas para aumentar as vacinações, e incluirá professores e atendentes de mercados na fila de imunizações.