Biden pede que cidadãos deixem Kiev; UE mantém 'rotina'

Washington volta a falar que ataque russo é iminente

11 fev 2022 - 10h31
(atualizado às 10h46)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a acusar a Rússia de poder fazer um ataque à Ucrânia a qualquer momento durante uma entrevista à emissora "NBC" na noite desta quinta-feira (10). Por isso, pediu que os cidadãos norte-americanos deixem Kiev o quanto antes.

Biden voltou a alertar para risco iminente de guerra na Ucrânia
Biden voltou a alertar para risco iminente de guerra na Ucrânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Os cidadãos devem partir agora. Não é como ter que enfrentar uma organização terrorista, precisamos lidar com um dos maiores exércitos do mundo, seria uma guerra mundial. É uma situação muito diferente e as coisas podem piorar rapidamente", disse Biden ao ser questionado sobre qual plano de evacuação poderia ser colocado em prática.

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Segundo o chefe da Casa Branca, "quando norte-americanos e russos começam a atirar uns nos outros, entramos em um mundo muito diferente do que conhecemos". "Porém, se [Vladimir] Putin está convicto em proceder, ele é muito inteligente para não fazer nada que tenha um impacto negativo contra os cidadãos norte-americanos", pontuou ainda.

Pouco depois das declarações do presidente, o Departamento de Estado reiterou as acusações de Biden e disse que uma "invasão russa pode acontecer a qualquer momento".

Essa não é a primeira vez que o governo dos EUA dá declarações do tipo. Em janeiro, quando Biden falou algo semelhante, os russos rebateram as acusações, dizendo que os norte-americanos estavam fazendo "alarmismos" e que não há planos de ataques iminentes.

Até mesmo Kiev criticou a declaração, dizendo que não era hora de criar "pânico". Quando Washington determinou a retirada imediata de todos os diplomatas não essenciais da Embaixada na capital ucraniana, em 23 de janeiro, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, também fez críticas e disse que essa era uma medida "precipitada".

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Por sua vez, a União Europeia informou nesta sexta-feira "que está mantendo as atividades normais na Ucrânia" e que não há ainda recomendações para deixar o país. De acordo com um dos porta-vozes, o bloco está "obviamente" preocupado com a situação e "está fazendo todo o possível para reduzir as tensões e encontrar uma solução diplomática", além de um "monitoramento muito próximo".

Também questionado sobre a situação ucraniana, o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, destacou que o país acredita que a "situação é muito, muito séria" e que segue monitorando.

"Precisamos continuar a trabalhar na frente dos diálogos diplomáticos, mas também ter posicionamentos claros [...] para evitar uma guerra na Europa", pontuou. .

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