O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento na tarde deste sábado, 7, em que reforça o posicionamento do país ao lado de Israel no conflito contra o Hamas. "Nós nunca, jamais, daremos as costas a ele [Israel]. Nós estamos assegurando que daremos o apoio que os cidadãos precisam", disse.
Biden afirmou que foi acionado ainda às 7h30 deste sábado com informações sobre os ataques do grupo islâmico contra Israel. O presidente disse que entrou em contato com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para reforçar seu apoio diante do que chamou de "ataque injustificado".
"O que nós pedimos é que isso pare imediatamente. Esse não é o momento para que qualquer pessoa que apoia esse tipo de ataque procure qualquer vantagem. O mundo está vendo", continuou o chefe de Estado norte-americano.
Biden descreveu ainda as outras atitudes tomadas por ele. O presidente disse que entrou em contato com o rei da Jordânia, congressistas, equipe de segurança e outros países aliados. "Também falei com a minha equipe para ver o que precisamos sobre como agir com os aliados, Egito, Turquia, Emirados Árabes Unidos e outros Estados parceiros", afirmou.
O democrata, mais uma vez, criticou o atentado, chamando-o de "terrível tragédia do lado humano". "São milhares de vidas que estão sendo afetadas."
Por fim, no discurso que durou pouco mais de 2 minutos, Biden reforçou que estará constantemente disponível, em contato com Netanyahu, e frisou que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o Estado de Israel, há 75 anos.
Pronunciamento brasileiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para lamentar a guerra que irrompeu neste sábado, 7, em Israel, e disse que o Brasil "não poupará esforços para evitar a escalada do conflito".
"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas", escreveu o mandatário brasileiro. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas".
"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou, mencionando o conselho que foi alvo de críticas em seu discurso na ONU.
"Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", completou.
Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas.
O Brasil não poupará esforços para…
— Lula (@LulaOficial) October 7, 2023
O Itamaraty divulgou uma nota condenando "a série de bombardeios e ataques terrestres". O texto diz que o governo brasileiro "expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel".
"O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina. Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão", anuncia o comunicado. "Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação".
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz", conclui o Itamaraty.
Posteriormente, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, afirmou em entrevista à CNN Brasil, que há a informação de que um brasileiro ficou ferido nos ataques e outros dois estão desaparecidos.