Buscando colocar os Estados Unidos na liderança da luta contra a crise climática, o presidente Joe Biden vai anunciar logo mais a meta de reduzir em 50% a 52% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030, em relação aos níveis de 2005.
O objetivo será anunciado na Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento convocado pelo próprio Biden e que começa às 9h (horário de Brasília) desta quinta-feira (22), com parte das atenções voltadas ao Brasil.
Organizada em menos de três meses, a cúpula vai reunir cerca de 40 líderes mundiais para dois dias de debates, incluindo os presidentes Jair Bolsonaro, Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e Emmanuel Macron (França), o papa Francisco e os primeiros-ministros Mario Draghi (Itália), Narendra Modi (Índia) e Yoshihide Suga (Japão), entre outros.
A nova meta estabelecida pelos EUA busca estimular os países a adotarem objetivos mais ambiciosos contra a crise climática. Suga, premiê japonês, já anunciou a intenção de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 46% até 2030, na comparação com 2013.
Já a União Europeia prevê cortar as emissões em 55% até 2030, mas em relação a 1990, e atingir a neutralidade de carbono até 2050. Também espera-se do Brasil um compromisso concreto de eliminar o desmatamento ilegal na Amazônia, maior floresta tropical do mundo.
A promessa do Biden também mira aumentar a pressão sobre a China, maior emissora de carbono no planeta. No Início da semana, as duas principais economias do mundo esqueceram as diferenças em questões comerciais e geopolíticas e divulgaram um comunicado conjunto se comprometendo a cooperar na luta contra a crise climática.