O bilionário de fundos de investimento e filantropo Michael Steinhardt devolveu US$ 70 milhões de dólares (mais de R$ 398 milhões) em antiguidades roubadas. Para escapar do inquérito criminal, além da devolução dos itens, ele também aceitou uma proibição perpétua, a primeira do tipo, para nunca mais colecionar artefatos antigo, afirmou o procurador distrital de Manhattan, Cy Vance, nesta segunda-feira.
Vance disse que sua investigação, iniciada em fevereiro de 2017, encontrou "evidências convincentes" de que 180 antiguidades foram roubadas de 11 países, com pelo menos 171 delas passando por traficantes antes de serem compradas por Steinhardt.
"Por décadas, Michael Steinhardt demonstrou um apetite ganancioso por artefatos pilhados sem preocupação pela legalidade de suas ações, a legitimidade das peças compradas e vendidas, ou o doloroso prejuízo cultural que ele prejudicou por todo o mundo", disse Vance em nota.
Um dos advogados de Steinhardt não respondeu imediatamente a pedidos por comentários. O gabinete de Vance disse que o acordo marca "a conclusão de uma investigação do grão júri sobre Steinhardt".
Steinhardt, que faz 81 anos na terça-feira, construiu sua riqueza administrando o fundo Steinhardt Partners, que fechou em 1995 para focar em questões filantrópicas judaicas. Ele tem uma fortuna de 1,2 bilhão de dólares, de acordo com a revista Forbes.
Vance disse que as antiguidades serão devolvidas para seus proprietários de direito na Bulgária, Egito, Grécia, Iraque, Israel, Itália, Jordânia, Líbano, Líbia, Síria e Turquia. As autoridades legais nesses países ajudaram na investigação.