O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6) que o Brasil pretende entregar terroristas que estiveram no País. Segundo ele, essa é a forma de colaborar com o combate ao terrorismo.
Em nota após o ataque dos Estados Unidos contra um alto militar iraniano, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que o Brasil está "pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento".
Questionado se o Brasil também poderia enviar tropas para eventual combate, o presidente respondeu: "Não, que tropas? Não vou discutir esse assunto contigo. Se tiver terrorista no Brasil, vai ser entregue. Não interessa a nacionalidade".
O presidente também afirmou que houve uma reunião em São Paulo, ontem, de apoiadores do Irã no conflito contra os EUA. Bolsonaro não deu detalhes da suposta reunião. "Não vou falar nada. Tenho informações mas não vou falar. Está em análise. As informações têm de ser processadas, ou melhor, os informes", disse.
Bolsonaro disse que o Brasil já tem colaborado com a extradição de terroristas. Ele citou o caso de Cesare Battisti. Também disse deixaram o Brasil antes de sua posse supostos terroristas que estavam infiltrados entre médicos cubanos, do programa Mais Médicos.
"Assim como os cubanos, médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia entregar os caras. Um montão de terrorista no meio deles. Fazendo aparelhos aqui no lugares mais pobres do Brasil. Essa 'esquerdalha' começa nos lugares mais pobres. São pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política", disse o presidente.