Bolsonaro vai à Rússia em meio ao risco de guerra na Ucrânia

Presidente embarca nesta noite e terá agenda com Putin na quarta

14 fev 2022 - 07h52
(atualizado às 07h59)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, embarca na noite desta segunda-feira (14) para Moscou, na Rússia, em uma viagem que ocorre no ápice da tensão por uma guerra na fronteira da Ucrânia.

Bolsonaro terá agenda com Putin nesta quarta
Bolsonaro terá agenda com Putin nesta quarta
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo planejamento do Ministério das Relações Exteriores, o mandatário deve chegar ao território russo nesta terça-feira (15) e terá uma agenda com o presidente Vladimir Putin na quarta-feira (16). Entre os compromissos marcados, está a recepção do chefe do Kremlin no aeroporto e um encontro formal horas depois.

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Além disso, Bolsonaro terá encontros com políticos da Duma, o Parlamento baixo russo, e também com empresários locais. O principal ponto da pauta será debater o fornecimento de fertilizantes para a agricultura nacional.

Depois da Rússia, Bolsonaro ainda fará uma etapa na Hungria, onde encontrará o primeiro-ministro Viktor Órban.

A visita do mandatário brasileiro ocorre em um momento de risco real de um conflito bélico dos russos na fronteira ucraniana, com Kiev sendo apoiada pelas maiores potências ocidentais - Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia.

Durante o fim de semana, diversas foram as reuniões e os telefonemas entre os principais líderes mundiais para tentar negociar uma desaceleração da crise, mas os ocidentais continuam a afirmar que Putin pode ordenar a invasão a "qualquer momento".

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Por outro lado, Moscou diz que as falas sobre o risco de guerra, especialmente as norte-americanas, não passam de "histeria e alarmismo". Além disso, os russos começam um grande exercício naval no Mar Negro nesta segunda-feira - que segue até o sábado (19) - e mantém a agenda de treinamentos militares conjuntos em Belarus.

Conforme fontes políticas ouvidas por diversos jornais e sites jornalísticos brasileiros, Bolsonaro foi orientado a adiar a viagem por conta do clima de tensão.

Representantes ucranianos no Brasil também pediram que o presidente aproveitasse a viagem para fazer uma parada em Kiev, como forma do governo mostrar neutralidade na questão bélica.

Essa prática foi adotada por diversos líderes mundiais, como Emmanuel Macron, da França, e o alemão Olaf Scholz - que está hoje na Ucrânia e amanhã segue para a Rússia.

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No entanto, conforme uma fala de Bolsonaro no último sábado (12), a viagem é "muito importante" e necessária neste momento por conta dos fertilizantes. "A gente pede a Deus para que reine a paz no mundo para o bem de todos nós", falou ainda sobre a situação bélica.

A delegação brasileira, bem como o presidente, precisarão passar por um rígido esquema de segurança sanitária antes do encontro com Putin, que inclui a realização de cinco testes negativos para a Covid-19 - um deles realizado no máximo quatro horas antes do encontro. .

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