Bolton diz que EUA manterão sanções até Rússia mudar de postura

24 ago 2018 - 12h22

O conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, John Bolton, disse nesta sexta-feira que seu país manterá sanções contra a Rússia até Moscou mudar de comportamento.

Conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, concede entrevista coletiva em Kiev
24/08/2018
REUTERS/Valentyn Ogirenko
Conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, concede entrevista coletiva em Kiev 24/08/2018 REUTERS/Valentyn Ogirenko
Foto: Reuters

Washington impôs sanções contra a Rússia por causa de sua suposta interferência na eleição presidencial de 2016. Moscou nega as alegações.

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"As sanções continuam em vigor e continuarão em vigor até a mudança exigida no comportamento russo", disse Bolton em uma coletiva de imprensa em Kiev.

Bolton, que mais cedo nesta sexta-feira conversou com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, reforçou a posição norte-americana sobre a situação local.

"Eu sublinhei o que o presidente Trump disse em Helsinque ao presidente Vladimir Putin que é a posição dos Estados Unidos, que não reconhecemos a anexação ilegal da Crimeia", disse ele, referindo-se à cúpula EUA-Rússia na Finlândia no mês passado.

Bolton também disse que Kiev progrediu em seus esforços para se filiar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas que ainda tem mais trabalho a fazer.

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"Muito depende de a Ucrânia cumprir as exigências necessárias para passar em todos os testes militares e políticos para ser membro da Otan", disse.

"Eu diria que está havendo progresso, mas ainda há mais a se realizar."

A Rússia se opõe vigorosamente a uma expansão da Otan na direção de sua fronteira ocidental, e em 2014 anexou a Crimeia da Ucrânia depois que Viktor Yanukovich, presidente ucraniano pró-Rússia, foi derrubado por uma revolução popular.

Bolton disse que é importante resolver a crise ucraniana e que seria perigoso deixar a situação como está na Crimeia e no leste da Ucrânia, onde Moscou apoia os separatistas em seu conflito com Kiev.

O conselheiro acrescentou que disse a Poroshenko que Moscou não deve interferir na eleição presidencial ucraniana do ano que vem.

"O presidente Poroshenko e eu concordamos que analisaremos as medidas que os Estados Unidos e a Ucrânia podem adotar para ficarem de olho em uma interferência eleitoral aqui", disse.

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