Bombardeiros B-1B Lancer da Força Aérea dos Estados Unidos, escoltados por jatos de combate, voaram neste sábado (23/09) no espaço aéreo internacional próximo das águas da Coreia do Norte.
O Pentágono deixou claro que o voo foi executado como uma forma de demonstrar força frente ao regime do ditador Kim-Jong Um. "Esta missão é uma demonstração da determinação dos EUA e uma mensagem clara de que o presidente [Donald Trump] tem muitas opções para derrotar qualquer ameaça", disse em comunicado o comando militar dos EUA.
"Este é a posição mais ao norte da Zona Desmilitarizada (DMZ) que qualquer aeronave de combate ou bombardeiro dos EUA sobrevoou perto da costa da Coreia do Norte no século XXI, ressaltando a seriedade com que os EUA tomaram o comportamento imprudente da Coreia do Norte", informou anda o Pentágono, sem especificar quantos aviões participaram da missão.
O voo foi anunciado pouco antes de o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"O programa de armas da Coreia do Norte é uma grave ameaça à região da Ásia-Pacífico e a toda comunidade internacional", completou o comando militar.
O novo episódio ocorre na esteira da escalada de tensões entre Washington e Pyongyang por causa do programa de armas nucleares conduzido pelo regime norte-coreano, que incluiu só neste mês a detonação de uma bomba de hidrogênio e o lançamento de um míssil intercontinental durante testes.
Nesta semana, Trump disse em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU que pode "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso seja necessário.
Na quinta-feira, em sua primeira manifestação sobre o discurso, o governo norte-coreano chamou as ameaças de "latido". "Se eles [os americanos] estão tentando nos chocar com o som de um cão latindo, eles estão claramente tendo um sonho de cachorro", afirmou o ministro do Exterior do país, Ri Yong Ho.