Brasil condena ação equatoriana para prender ex-vice presidente em embaixada mexicana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o comunicado do ministério em sua conta no Twitter

6 abr 2024 - 12h21
(atualizado às 13h31)
Policiais invadem embaixada mexicana em Quito e prendem ex-vice-presidente do Equador
Policiais invadem embaixada mexicana em Quito e prendem ex-vice-presidente do Equador
Foto: Karen Toro/Reuters

O governo brasileiro afirmou neste sábado, 6, que condena "nos mais firmes termos" a ação de forças policiais equatorianas na embaixada mexicana em Quito na noite de sexta-feira, 5, para prender o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas.

"A ação constitui clara violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", afirmou o Ministério de Relações Exteriores em um comunicado com um tom bastante duro em termos diplomáticos.

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"A medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização", acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o comunicado do ministério em sua conta no X, acrescentando "Toda minha solidariedade ao presidente e amigo @lopezobrador_", referindo-se ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Autoridades equatorianas prenderam Glas na noite de sexta-feira, capturando-o da embaixada mexicana em Quito, onde ele estava escondido desde que pediu asilo político em dezembro, solicitação que o México atendeu na sexta-feira.

O Equador afirma que a oferta de asilo do México foi ilegal.

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Em um comunicado, a presidência do Equador acusou o México de "ter abusado das imunidades e privilégios concedidos à missão diplomática que abrigava o ex-vice-presidente e de conceder asilo diplomático contrário ao quadro jurídico convencional".

López Obrador afirmou em um post no X que a polícia entrou à força na embaixada do México em Quito antes de fazer a prisão.

Ele disse ter instruído a ministra das Relações Exteriores do México a suspender as relações diplomáticas com o Equador, classificando a prisão como um ato "autoritário" e uma violação do direito internacional e da soberania mexicana.

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