Brasil e Colômbia dizem que mandado de prisão contra González dificulta busca de solução pacífica na Venezuela

Para os dois países, a medida "afeta gravemente" os compromissos assumidos pelo governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados

3 set 2024 - 20h18
(atualizado às 20h54)
Edmundo González
Edmundo González
Foto: Reuters

Brasil e Colômbia expressaram "profunda preocupação" com o mandado de prisão emitido para o candidato presidencial venezuelano de oposição, Edmundo González, e avaliam que a decisão dificulta a busca de uma solução pacífica na Venezuela.

"Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia", dizem os dois governos em nota conjunta.

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Para os dois países, a medida "afeta gravemente" os compromissos assumidos pelo governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, negociados pelo Brasil, EUA, Noruega e Barbados, também envolviam a oposição venezuelana e visavam garantir o fortalecimento da democracia e que a eleição presidencial fosse justa.

A nota conjunta afirma ainda que a decisão da Justiça venezuelana "dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas".

Um tribunal venezuelano emitiu na segunda-feira um mandado de prisão contra González, alegando que o candidato oposicionista foi chamado diversas vezes para depor e não compareceu. O candidato é acusado sem provas pelo governo de incitamento a violência e conspiração.

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