A empresária brasileira Alline Fernandes Dutra, de 36 anos, viveu momentos de terror ao ser presa por engano no aeroporto de Londres, na Inglaterra. Alline foi confundida com uma mulher de nome parecido, que está foragida da Justiça inglesa por ter dirigido bêbada. A empresária tentou convencer os policiais de sua inocência, mas passou ao menos 24 horas detida.
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Alline, que vive em Londres, viajava para um casamento na Itália. Ela estava acompanhada do marido e dos filhos, duas crianças de 1 e 3 anos. Enquanto despachava as malas, ela foi abordada pelos policiais.
"A polícia se aproximou me dando voz de prisão, eles mencionaram o primeiro e segundo nome da pessoa procurada, que é semelhante ao meu, mas o meu nome tem 'Dutra' no final. Falaram que eu tinha que ir para a delegacia para tirar as impressões digitais, para provar que eu não era aquela pessoa. Mas no aeroporto eles já tinha a foto da pessoa e dava para ver que não era eu. O primeiro nome dela também é escrito diferente do meu", explicou a brasileira durante entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta terça-feira, 16.
"Foi um momento de desespero. Você fica sem entender, é como se você tivesse em um filme de terror[...] A reação que a gente tem é a de ficar indignado. Eu tentei convencer os policiais ao máximo de que eu não era aquela pessoa. Tinham bastante provas ali que eles poderiam ter considerado para ver que eu era inocente. Ridículo o despreparo da polícia. Foi muito injusto", continuou.
Alline explicou ainda que os policiais tinham informações suficientes para compreenderem o engano, já que havia outras divergências entre ela e a suspeita: datas de nascimento diferentes, endereços diferentes, para além dos nomes também distintos.
"Eles já deveriam ter reconhecido [o erro] no momento em que fui para a delegacia. Eles tiraram minha impressão digital e foi reprovada, mostrando que eu era inocente", explicou. No dia seguinte, a brasileira passou por audiência. Lá, exibiram o vídeo da verdadeira culpada, presa em 2022. "Eles viram nitidamente que não era a mesma pessoa e que eu era inocente", desabafou.
A situação de Alline, no entanto, não foi totalmente esclarecida. "A polícia não pôde fechar o caso ou a pessoa procurada fica impune. Então, eu preciso andar com um papel para ficar claro que eu não sou a pessoa que eles estão procurando", finalizou.