O primeiro britânico a contrair o vírus mortífero do ebola recebeu a droga experimental Zmapp, informou nesta terça-feira o hospital de Londres onde está sendo tratado, dois dias após ele chegar do oeste da África.
O enfermeiro voluntário William Pooley, de 29 anos, trabalhava no centro de combate ao ebola em Serra Leoa quando testou positivo para a doença. Ele foi levado para casa no domingo em um avião de carga da Força Aérea Real, especialmente adaptado, e conduzido a uma unidade de isolamento no hospital Royal Free, no norte da capital.
“Depois de refletir cuidadosamente, William decidiu que gostaria de tomar a droga experimental Zmapp, e recebeu a primeira dose na segunda-feira”, afirmou o hospital em um comunicado.
Governos e autoridades mundiais de saúde na Guiné, Serra Leoa e Libéria estão lutando para deter o surto de ebola, febre hemorrágica que já matou mais de 1.400 pessoas desde que irrompeu no oeste africano em março.
Na semana passada, dois assistentes de saúde norte-americanos infectados pelo ebola na Libéria foram declarados curados do vírus depois de receber o Zmapp, aumentando as esperanças sobre o seu potencial para combater a doença para a qual não há atualmente nenhuma cura ou vacina.
Contudo, a Libéria afirmou na segunda-feira que um médico local que tratava de vítimas do ebola morreu em decorrência da doença apesar de usar o medicamento.
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O hospital londrino disse que Pooley está “bem disposto”.
“Os próximos dias serão cruciais. A doença tem um desenvolvimento irregular, e saberemos muito mais dentro de uma semana”, declarou Mike Jacobs, consultor para doenças infecciosas do hospital.
A Mapp Biopharmaceutical, fabricante da droga, disse que levará tempo para repor os estoques já esgotados de Zmapp, e cientistas afirmam ser cedo demais para confirmar o valor do medicamento, jamais testado em humanos.
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Nancy Writebol, missionária da Carolina do Norte que trabalhava na Libéria, chega ao hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, para receber tratamento médico contra o Ebola
Foto: The Journal & Constitution, John Spink
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O médico Kent Brantly posa ao lado da esposa Amber nesta foto sem data. Brantly foi o primeiro infectado pelo Ebola a ser levado aos Estados Unidos para receber tratamento
Foto: Samaritan's Purse
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Vítima do Ebola, Nancy Writebol é rodeada de crianças na Libéria, em 7 de outubro de 2013
Foto: Cortesia de Jeremy Writebol
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Equipe médica coloca roupas especiais antes de tratar de pacientes que contraíram o vírus Ebola, em Kenema, Serra Leoa, em 10 de julho
Foto: Tommy Trenchard
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Voluntários transportam corpos de vítimas do Ebola a um centro dirigido pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun, Serra Leoa
Foto: WHO/Tarik Jasarevic
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Voluntários enterram o corpo de um africano vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa, em 2 de agosto
Foto: WHO/Tarik Jasarevic
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Um grupo de voluntários se prepara para remover os corpos de pessoas suspeitas de terem contraído Ebola antes de morrer na aldeia de Pendebu, norte do Kenema, em Serra Leoa
Foto: HO/Tarik Jasarevic
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Trabalhadores da área da saúde se preparam para trabalhar em uma unidade de isolamento no distrito de Foya, na Libéria
Foto: hmed Jallanzo/UNICEF
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Meninas olham para um pôster distribuído pela UNICEF com orientações de como se prevenir do vírus Ebola, na Libéria
Foto: Ahmed Jallanzo/UNICEF
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Funcionários da área médica carregam o corpo de uma vítima do Ebola em Serra Leoa, em 25 de julho
Foto: Umaru Fofana
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