Câmara dos Deputados dos EUA votará proibição de estátuas de confederados do Capitólio

22 jul 2020 - 16h48

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos de maioria democrata deve realizar uma votação nesta quarta-feira para remover estátuas que homenageiam heróis da Confederação pró-escravidão do edifício do Capitólio, que abriga efígies selecionadas por todos os 50 Estados.

Vista parcial do Capitólio em Washington
21/07/2020
REUTERS/Tom Brenner
Vista parcial do Capitólio em Washington 21/07/2020 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

As estátuas incluem uma que homenageia Roger Taney, ex-juiz da Suprema Corte e autor de uma decisão a favor da escravidão. Os democratas também apontam um ex-senador que foi expulso da instituição depois de se unir ao Exército confederado na Guerra Civil.

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A deputada democrata Barbara Lee qualificou as estátuas como "símbolos dolorosos da intolerância e do racismo". Ela disse que elas não fazem "nada mais do que manter a supremacia branca em destaque em um dos edifícios mais influentes do mundo".

Se aprovada pela Câmara, a medida também terá que ser aprovada pelo Senado sob controle republicano.

Nos últimos meses, os EUA testemunharam uma onda de protestos contra o racismo e o emprego da violência policial contra negros norte-americanos que foi desencadeada pela morte de George Floyd sob custódia da polícia de Mineápolis, mas se transformou em uma reavaliação abrangente de medidas que honram cidadãos que apoiaram a escravidão.

O presidente Donald Trump atacou a ideia de remover estátuas, acusando os democratas que quererem apagar a história da nação. Ele ameaçou vetar um projeto de lei de 740 bilhões de dólares aprovado pela Câmara que estabelece diretrizes para o Pentágono por conter uma linguagem que exigiria que os militares retirassem os nomes de líderes dos confederados de suas bases.

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((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC

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