A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos de maioria democrata deve realizar uma votação nesta quarta-feira para remover estátuas que homenageiam heróis da Confederação pró-escravidão do edifício do Capitólio, que abriga efígies selecionadas por todos os 50 Estados.
As estátuas incluem uma que homenageia Roger Taney, ex-juiz da Suprema Corte e autor de uma decisão a favor da escravidão. Os democratas também apontam um ex-senador que foi expulso da instituição depois de se unir ao Exército confederado na Guerra Civil.
A deputada democrata Barbara Lee qualificou as estátuas como "símbolos dolorosos da intolerância e do racismo". Ela disse que elas não fazem "nada mais do que manter a supremacia branca em destaque em um dos edifícios mais influentes do mundo".
Se aprovada pela Câmara, a medida também terá que ser aprovada pelo Senado sob controle republicano.
Nos últimos meses, os EUA testemunharam uma onda de protestos contra o racismo e o emprego da violência policial contra negros norte-americanos que foi desencadeada pela morte de George Floyd sob custódia da polícia de Mineápolis, mas se transformou em uma reavaliação abrangente de medidas que honram cidadãos que apoiaram a escravidão.
O presidente Donald Trump atacou a ideia de remover estátuas, acusando os democratas que quererem apagar a história da nação. Ele ameaçou vetar um projeto de lei de 740 bilhões de dólares aprovado pela Câmara que estabelece diretrizes para o Pentágono por conter uma linguagem que exigiria que os militares retirassem os nomes de líderes dos confederados de suas bases.
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC