Canadá encontra navio de expedição perdido no século 19

Desde 2008 mergulhadores e arqueólogos canadenses vinham tentando encontrar as embarcações

9 set 2014 - 18h21
(atualizado às 18h21)
Primeiro-ministro do canadá, Stephen Harper (à esquerda) aplaude após ser apresentado às imagens dos destroços encontrados
Primeiro-ministro do canadá, Stephen Harper (à esquerda) aplaude após ser apresentado às imagens dos destroços encontrados
Foto: Chris Wattie / Reuters

Exploradores canadenses encontraram os destroços de um dos dois navios perdidos na trágica expedição Franklin ao Ártico canadense em 1845, ajudando a esclarecer um mistério histórico duradouro, informou Ottawa nesta terça-feira.

Sir John Franklin e sua tripulação de 128 pessoas, a bordo das embarcações britânicas HMS Erebus e HMS Terror, procuravam a lendária Passagem do Noroeste entre os oceanos Atlântico e Pacífico quando ficaram presos no gelo. Os homens morreram, e os navios desapareceram.

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Desde 2008 mergulhadores e arqueólogos canadenses vinham tentando encontrar as embarcações, aprisionadas no gelo ao largo da Ilha Rei William, no Estreito de Victoria, no território ártico de Nunavut.

“É com entusiasmo que anuncio que a expedição deste ano ao Estreito de Victoria solucionou um dos maiores mistérios do Canadá com a descoberta de um dos dois navios pertencentes à expedição Franklin”, informou o primeiro-ministro, Stephen Harper, em um comunicado.

“Encontrar a primeira embarcação sem dúvida proporcionará o ímpeto – ou o vento nas nossas velas – necessário para localizar seu navio irmão e descobrir ainda mais sobre o que aconteceu com a tripulação da expedição Franklin”.

O enigma eletrizou os canadenses durante gerações, em parte por causa do destino horripilante de seus tripulantes. Membros da tribo local inuíte dizem que os homens, desesperados, recorreram ao canibalismo antes de morrerem.

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Harper disse que os especialistas ainda não sabem se o navio encontrado é o Erebus ou o Terror. Eles são difíceis de localizar porque vagaram no gelo ao longo de centenas de quilômetros, e os inuítes têm relatos conflitantes sobre o local de seu naufrágio.

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