A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner estava empatada com o candidato do governo do atual presidente Mauricio Macri com quase 100% dos votos apurados, em uma eleição primária para o Senado vista como um teste para um possível retorno da esquerda e o fim da agenda reformista de Macri.
Com 95,58% dos votos da província de Buenos Aires --que abriga quase 40% do eleitorado argentino-- apurados, a coalizão liderada pelo ex-ministro da Educação de Macri Esteban Bullrich tinha 34,19%, enquanto Cristina tinha 34,11%, na madrugada desta segunda-feira.
Nunca houve dúvidas de que Cristina --que concorreu sem oposições dentro de seu próprio partido-- se candidataria ao Senado na eleição do dia 22 de outubro, mas muitos investidores temiam que um resultado forte da ex-presidente poderia enfraquecer Macri e preparar o caminho para o retorno de Cristina à Presidência em 2019.
O peso argentino havia caído cerca de 9% desde que Cristina formou um novo partido político e declarou sua candidatura no dia 24 de junho. Cristina Kirchner foi presidente de 2007 a 2015 e foi indiciada por corrupção no último ano.