A principal porta-voz do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou duramente o adversário pela candidatura presidencial democrata Robert F. Kennedy Jr. por alegar em um vídeo publicado recentemente que a Covid-19 tinha o objetivo de atacar as populações branca e negra, e que a maioria das pessoas de origem judaica ou chinesa são imunes.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, juntou-se ao coro de indignação dos democratas com os comentários do filho de 69 anos do senador Robert F. Kennedy, membro da dinastia política Kennedy que foi assassinado enquanto concorria à indicação presidencial democrata em 1968.
Robert F. Kennedy Jr. é candidato à indicação presidencial democrata para as eleições de 2024, o que o coloca em competição direta com Biden, que busca um segundo mandato de quatro anos.
Kennedy tem poucas chances de ser indicado, com uma média no site de dados eleitorais FiveThirtyEight mostrando que cerca de 15% dos democratas o apoiam.
"A afirmação de que a Covid foi geneticamente modificada para poupar judeus e chineses é profundamente ofensiva e incrivelmente perigosa. Cada aspecto desses comentários reflete algumas das teorias de conspiração antisemitas mais repugnantes ao longo da história e contribui para o perigoso aumento do antisemitismo de hoje", afirmou Jean-Pierre.
O New York Post publicou no sábado um vídeo que parecia mostrar Kennedy falando em um jantar em Manhattan. No vídeo, o candidato diz que "a Covid-19 ataca certas raças de forma desproporcional".
"A Covid-19 é direcionada para atacar caucasianos e negros. As pessoas mais imunes são judeus asquenazes e chineses", diz ele no vídeo, acrescentando que não se sabe se o vírus foi deliberadamente direcionado ou não.
Kennedy disse no domingo no Twitter que a "insinuação de @nypost e outros de que, como resultado de minha citação de um artigo revisado por pares sobre armas biológicas, sou de alguma forma antisemita, é uma invenção repulsiva".