Caso Madeleine: o que se sabe sobre pedófilo alemão suspeito

A polícia tem um novo suspeito no caso do desaparecimento da menina britânica de apenas 3 anos: Christian B., um alemão de 43 anos que viajava em uma van e foi visto no resort onde a menina desapareceu há 13 anos.

3 jun 2020 - 21h06
(atualizado em 5/6/2020 às 12h16)
Esta foto de Christian B, que está preso na Alemanha e é considerado o novo suspeito no caso, foi divulgada para a imprensa
Esta foto de Christian B, que está preso na Alemanha e é considerado o novo suspeito no caso, foi divulgada para a imprensa
Foto: BBC News Brasil

Treze anos depois do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann — e com 600 pessoas tendo sido investigadas no caso — a polícia do Reino Unido tem um novo suspeito de ter sequestrado a menina, Christian B, um alemão que se encontra preso em seu país.

Madeleine despareceu em Portugal, em um resort onde passava férias com a família, em 2007. As investigações inicialmente foram feitas pela polícia portuguesa, mas após anos sem pistas, foram assumidas pela Scotland Yard em 2011.

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Os pais da menina seguem com apelos públicos por informações que possam indicar seu paradeiro.

Agora, treze anos depois, novas pistas levaram a polícia a um suspeito: um homem que está atualmente preso na Alemanha e que morava em Portugal na época do desparecimento da menina.

Quem é o suspeito

O homem, branco, de cerca de 1,80m de altura e franzino, tem hoje 43 anos e está em um presídio na Alemanha.

Segundo a polícia alemã, o homem já foi condenado anteriormente por abuso sexual de crianças e hoje cumpre uma "longa sentença" na Alemanha por um crime não relacionado ao caso.

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A polícia procura por Madeleine há 13 anos
Foto: PA Media / BBC News Brasil

O suspeito morou na região de Algarve, em Portugal, entre 1995 e 2007, segundo autoridades britânicas, e morou na praia onde a menina despareceu. O homem estava na longa lista de pessoas investigadas pela polícia em 2007 — 600, no total — mas na época ele não era suspeito. Agora novas pistas colocam o homem como principal suspeito na investigação.

Segundo as autoridades britânicas, o homem havia trabalhado em restaurantes, chegou a morar em uma van e tinha um histórico de invadir hotéis para roubar e de tráfico de drogas na região onde a família de Madeleine estava de férias.

A investigação aponta que ele foi visto dirigindo uma van com placa de Portugal na praia onde a menina despareceu e, no dia seguinte, transferiu seu outro carro, um Jaguar XR6, para o nome de outra pessoa.

No noite no desaparecimento, o homem teve uma longa conversa por telefone com alguém com um número de Portugal. A polícia divulgou detalhes do número de telefone do suspeito e do número que ele discou dizendo que qualquer informação sobre eles pode ser "crucial" para o inquérito.

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"Alguém por aí sabe muito mais do que está revelando", disse o detetive Mark Cranwell, que lidera a investigação e pede que a pessoa que conversou com o homem se apresente como testemunha.

Os investigadores sabem que a van não pertencia ao suspeito, mas por enquanto não consideram o dono do carro como possível cúmplice no caso.

A polícia disse que o caso continua sendo uma investigação sobre "pessoa desaparecida" porque não tem "evidência definitiva" sobre se Madeleine está viva ou não. No entanto, investigadores alemães do Departamento Federal de Polícia Criminal, o Bundeskriminalamt (BKA), classificaram o caso como um "inquérito de assassinato".

A Scotland Yard disse que as autoridades alemãs assumiram a liderança neste aspecto do caso porque o suspeito alemão estava sob custódia em seu país.

Um uma programa de televisão nesta quarta, o policial alemão Christian Hope mostrou imagens de uma sala de estar com um sofá de couro marrom e de outra casa onde acredita-se que o suspeito guardava bens roubados. Ao mostrar fotos, disse, o objetivo é tentar fazer com que pessoas que possam ter informações críticas para o caso se lembrem de informações importantes.

"Não excluímos a possibilidade de outras pessoas saberem como ocorreram os eventos na noite do crime", disse.

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