Casos de intoxicação por gel antisséptico dispara entre crianças espanholas

14 out 2020 - 12h03

O número de crianças espanholas tratadas por intoxicação depois de ingerirem gel antisséptico disparou desde que o produto se tornou onipresente por causa da pandemia de coronavírus.

Voluntário aplica álcool em gel em idosa antes de ela se submeter a teste de detecção de Covid-19 em Barcelona
17/09/2020 REUTERS/Nacho Doce
Voluntário aplica álcool em gel em idosa antes de ela se submeter a teste de detecção de Covid-19 em Barcelona 17/09/2020 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

O Instituto Nacional Toxicológico e Forense da Espanha disse nesta quarta-feira que o total de intoxicações relatadas do produto neste ano é de 874 até agora --quase dez vezes o número relatado em todo o ano de 2019.

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As crianças, especialmente as de colo, representam quase dois terços dos casos. A maioria engoliu o gel, e uma percentagem muito menor o derramou nos olhos ou se intoxicou depois de inalá-lo.

"Os sintomas mais comuns foram irritação do sistema digestivo, vômitos, diarreia, tosse, olhos vermelhos, lágrimas ou visão turva", disse o instituto em um relatório.

Em cerca de 80% dos casos, os sintomas se "reverteram em pouco tempo".

Os quatro ou cinco casos graves de intoxicação por gel antisséptico do país envolveram somente adultos, de acordo com a porta-voz do Ministério da Justiça, que supervisiona o instituto. Ela acrescentou que nenhuma morte foi relatada.

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Na Espanha, as garrafas de gel antisséptico estão disponíveis atualmente em todas as estações de trem, lojas, escolas e banheiros públicos de forma gratuita, e também em carros e casas particulares.

Com quase 900 mil casos registrados de Covid-19 e mais de 33 mil mortes, o país é o mais atingido da Europa Ocidental. As autoridades impuseram medidas de restrição em várias regiões, inclusive Madri, para deter uma disparada do contágio.

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