Casos do coronavírus estabilizam na China, mas surto pode ir em qualquer direção, diz OMS

12 fev 2020 - 16h07
(atualizado às 18h37)

O número de casos de infecção pelo novo coronavírus na China se estabilizou, mas essa aparente desaceleração na propagação da epidemia deve ser vista com "extrema cautela", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde na quarta-feira.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus
30/01/2020
REUTERS/Denis Balibouse
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus 30/01/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

"Esse surto ainda pode seguir em qualquer direção", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um briefing em Genebra.

Publicidade

No final de uma reunião de dois dias sobre pesquisa e inovação sobre medidas para combater o novo surto viral, Tedros elogiou a "resposta positiva da comunidade de pesquisa" tão prontamente ao "apresentar planos concretos e compromisso de trabalhar em conjunto".

Ele acrescentou que uma equipe avançada liderada pela OMS que viajou para a China no início desta semana fez "um bom progresso" na composição e no escopo de seu trabalho.

A China divulgou na quarta-feira o número mais baixo de novos casos de coronavírus em duas semanas. Ainda assim foram 2.015 novos casos na terça, levando o total a 44.653. O número de mortos na China continental subiu em 97, para 1.113 até o final da terça.

O chefe do programa de emergência da OMS, Mike Ryan, também disse que a estabilização de novos casos na China é tranquilizadora, assim como o comportamento aparentemente menos agressivo e menos acelerado do vírus fora da província de Hubei.

Publicidade

"(Isso) ocorre em grande parte devido a uma enorme operação de saúde pública na China", afirmou ele no briefing. "Isso ... nos dá uma oportunidade de contenção."

Ryan acrescentou que ainda é muito cedo "para prever o início, o meio ou o fim da epidemia".

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações