Os casos globais de sarampo cresceram 20% no ano passado como resultado principalmente da falta de cobertura vacinal nos países mais pobres do mundo ou assolados por conflitos, disseram nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Quase metade de todos os grandes surtos ocorreram na África, onde o número de mortes aumentou 37%, disseram. "Neste momento, todos os países do mundo têm acesso à vacina contra o sarampo, então não há razão para que qualquer criança seja infectada com a doença ou morra de sarampo", disse Natasha Crowcroft, consultora técnica sênior sobre sarampo e rubéola da OMS. O sarampo é causado por um vírus transmitido pelo ar e que afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas é prevenível com duas doses da vacina. No entanto, a cobertura da imunização foi "inadequada" globalmente, disseram a OMS e o CDC. Cerca de 10,3 milhões de casos foram relatados em 2023, contra 8,65 milhões no ano anterior, mostrou um relatório das duas agências. O número total de mortes associadas à doença caiu 8%, para 107.500, devido ao melhor acesso a serviços de saúde e vacinas em países de alta renda, como a Europa, onde os casos aumentaram no ano passado. Independentemente do declínio, o número de mortes foi "inaceitável", disseram as agências.
Casos globais de sarampo crescem em 2023 devido a cobertura vacinal "inadequada"
14 nov
2024
- 18h02
(atualizado às 18h04)
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