A empresa de tecnologia Samsung se viu novamente em uma situação embaraçosa depois de, pela segunda vez, um de seus celulares Galaxy Note 7 pegar fogo nos EUA, apesar de a companhia ter feito um imenso recall do produto no mês passado.
Os dois incidentes, curiosamente, aconteceram no Estado do Kentucky, ambos esta semana. Na terça-feira, um homem na cidade Nicholasville foi parar no hospital depois de inalar fumaça quando seu Note 7 pegou fogo durante a noite em seu quarto. Segundo Michael Klering, o aparelho não estava ligado ao carregador - foi um problema de aquecimento na bateria que levou a Samsung a fazer o recall.
Na quarta-feira, houve um incidente mais sério: um Note 7 pegou fogo dentro de um avião da companhia Southwest que taxeava na pista do Aeroporto de Louisville e provocou uma operação de evacuação da aeronave.
Os dois telefones já faziam parte do lote de substituição do celular, segundo a mídia americana. "Meu telefone era supostamente uma susbstituição, então pensei que estava a salvo", reclamou Klering, em entrevista à rede de TV WKYT.
Para o especialista em tecnologia da BBC Dave Lee, os incidentes representam uma imensa crise para a Samsung, que agora "terá que responder a sérios questionamentos em relação a sua obrigação de proteger o público".
Quando fez o recall, a Samsug disse ter identificado e corrigido o problema com o Note 7. Em um comunicado, a empresa disse que o superaquecimento da bateria tinha sido causado por um "raro" defeito de fabricação que fazia com que eletrodos da bateria entrassem em contato. E que os novos telefones reparados estavam seguros.
Na quarta-feira, a Samsung disse que estava investigando junto com a Southwest as causas do problema no voo.