Chefe de política externa da UE pede que Israel aceite cessar-fogo no Líbano "hoje"

26 nov 2024 - 10h40
(atualizado às 10h42)

O chefe da política externa da União Europeia. Josep Borrell, pediu ao governo de Israel nesta terça-feira que apoie um acordo de cessar-fogo proposto no Líbano que, segundo ele, tem todas as garantias de segurança necessárias para Israel.

Falando em uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 na Itália, Borrell disse que não havia desculpa para não implementar o acordo com o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, acrescentando que deveria ser exercida pressão sobre Israel para aprová-lo imediatamente.

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"Esperemos que hoje (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu aprove o acordo de cessar-fogo proposto pelos EUA e pela França. Sem mais desculpas. Chega de pedidos adicionais", disse Borrell, criticando os ministros israelenses de linha dura que se manifestaram contra o acordo.

Israel parece estar pronto para aprovar um plano dos EUA para um cessar-fogo com o Hezbollah nesta terça-feira, disse uma autoridade israelense graduada.

Borrell, que disse ter discutido as perspectivas de um acordo em uma recente viagem ao Líbano, disse que um dos pontos de atrito é se a França deve ser incluída em um comitê de monitoramento da implementação do cessar-fogo, que os EUA devem presidir.

Ele disse que os libaneses pediram especificamente o envolvimento da França, mas os israelenses têm dúvidas.

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"Esse é um dos pontos que ainda estão faltando", disse ele.

Borrell também criticou o que ele considerou como dois pesos e duas medidas do Ocidente em relação aos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) para Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa e um líder do Hamas, por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito de Gaza.

"Não se pode aplaudir quando o tribunal vai contra (o presidente russo Vladimir) Putin e permanecer em silêncio quando o tribunal vai contra Netanyahu", disse ele, pedindo aos Estados-membros da União Europeia que apoiem o TPI.

A Itália, que detém a presidência do G7, disse na segunda-feira que está tentando intermediar uma posição comum para o grupo sobre a decisão do TPI, mas o progresso é difícil, pois os EUA disseram que não reconhecem a jurisdição do tribunal e se opõem ao mandado de prisão para Netanyahu.

O G7 é composto por EUA, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Japão.

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