O número de imigrantes ilegais que desembarcaram na Itália durante 2017 caiu 34,24% na comparação com o ano anterior, informou o Ministério do Interior do país nesta terça-feira (2). Em números totais, chegaram ao país da bota 119.310 pessoas contra 181.436 em 2016.
Segundo os dados, só no mês de dezembro, a queda nas chegadas foi de 73% (8.428 em 2016 para 2.268 em 2017). Já nos repatriamentos, a Itália mandou de volta para os países de origem 6.340 estrangeiros - contra 5,3 mil do último ano.
Ainda conforme o relatório, a maior parte dos deslocados que chegaram ao país continuam a pertencer às nações africanas, sendo que 18.153 eram nigerianos, 9.693 eram da Guiné e 9.504 da Costa do Marfim - seguidos de perto por pessoas de Bangladesh (8.995) e Mali (7.114).
Já o número de menores que desembarcaram sozinhos foi de 15.731 - contra os 25.846 de 2016.
Os meses que registraram a maior parte dos desembarques foram junho (23.526 imigrantes) e maio (22.993). Desde então, os números despencaram.
O momento da primeira grande queda, de quase 50% em julho, coincidiu com a assinatura de uma série de acordos com a Líbia, principal porta de saída dos deslocados na África para a Itália.
Apesar de criticados por algumas entidades internacionais, os pactos incluem, por um lado, o treinamento da Guarda Costeira do país africano e o envio de ajuda em dinheiro à nação e, por outro, limita a atuação das ONGs internacionais no Mar Mediterrâneo.
Desde então, as operações de resgate só podem ser realizadas sob o comando da Guarda Costeira da Itália.
- Expulsões de estrangeiros: No que tange ao terrorismo internacional, as expulsões por motivos de segurança foram 105 em 2017 - número bastante superior as 66 realizadas um ano antes. Os extremistas presos por motivos de extremismo religioso, nas operações realizadas por diversas forças policiais, foram 36 - 9% a mais do que na comparação com 2016.
Ao todo, a Itália monitorou 129 "foreign fighters", as pessoas que se unem aos grupos terroristas em outros países para lutar nas guerras. Entre eles, 42 foram mortos em combates e 24 voltaram para a Europa.
- Dados da OIM: Apesar de ainda não ter finalizado os dados de 2017, o site da Organização Mundial para as Migrações (OIM) aponta um alto número de mortes na travessia de imigrantes. A última atualização, ocorrida em 20 de dezembro, mostra que 3.116 pessoas morreram ou desapareceram durante a travessia.
A contagem da chegada de imigrantes, que inclui Itália, Grécia, Espanha, Chipre e Malta, está em 170.249 pessoas neste ano - contra as 387.895 chegadas em 2016.