Chelsea Manning, fonte do WikiLeaks, deixa prisão nos EUA

17 mai 2017 - 11h49
(atualizado às 12h26)
A ex-militar Chelsea Manning, que em 2010 vazou documentos secretos ao site WikiLeaks.
A ex-militar Chelsea Manning, que em 2010 vazou documentos secretos ao site WikiLeaks.
Foto: Reuters

A ex-agente transgênero Chelsea Manning deixou hoje (17) o presídio militar de Fort Leavenworth, no estado do Kansas. Ela estava presa havia sete anos, mas recebeu um indulto do presidente Barack Obama, poucos dias antes de ele deixar o governo em janeiro deste ano.  Manning foi condenada por vazar mais de 70 mil documentos diplomáticos e militares por meio do site WikiLeaks.

Chelsea Manning foi condenada antes de iniciar seu processo de mudança de gênero. Antes ela era um soldado do exército norte-americano, e foi condenada por vazar os documentos sigilosos há 35 anos de prisão. Com a comutação da pena, ela deverá terminar de cumprir a sentença em liberdade.

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Chelsea estava deprimida no presídio e tentou suicídio duas vezes na prisão militar. O próprio fundador da WikiLeaks, Julian Assange, disse no Twitter que aceitaria ser extraditado à Suécia, se o governo Obama assinasse o indulto para ela.

Assange vive na embaixada do Equador em Londres, desde 2012, para se proteger de uma extradição à Suécia, onde ele enfrenta um processo por agressão sexual.  Caso seja extraditado à Suécia, Assange poderia depois ser extraditado novamente, aos Estados Unidos, para responder pelo vazamento das informações da WikiLeaks.

A decisão de Obama na época foi bastante criticada por republicanos e pelo próprio presidente Donald Trump que ainda não havia tomado posse.  Opositores a consideraram "ingênua" por acreditarem que Assange estaria blefando.

Mesmo assim, entre ativistas de direitos humanos, a ação foi elogiada e considerada de caráter humanitário. A própria Chelsea mandou um recado via Twitter agradecendo ao então presidente Barack Obama.

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A imprensa norte-americana afirma que agora, ela poderá dar continuidade ao seu processo de mudança de gênero.

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Agência Brasil
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