O Chile cortou relações diplomáticas com a Venezuela na última terça-feira (7) devido à suposta "fraude eleitoral perpetrada" nas eleições presidenciais do último 28 de julho.
A decisão, anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores, foi tomada através da retirada definitiva do embaixador chileno em Caracas, Jaime Gazmuri, a três dias da posse de Nicolás Maduro.
"Esta medida responde à evolução dos acontecimentos após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 na Venezuela, nas quais Nicolás Maduro garantiu que continuará a ser presidente a partir de 10 de janeiro [de 2025], seguindo a fraude eleitoral perpetrada por seu governo", diz um comunicado da chancelaria.
O governo chileno denunciou nos últimos meses uma "falta de abertura" do regime chavista, o que impediu "o desenvolvimento de um diálogo bilateral eficaz".
A nota ainda destacou que "o Chile espera que a Venezuela possa voltar à democracia e à promoção da tutela dos direitos humanos", valores que hoje Santiago considera "ausentes".
Em agosto passado, Caracas expulsou toda a equipe diplomática chilena do país, após Boric não reconhecer a vitória de Maduro, que nunca foi comprovada. Com a saída de Gazmuri, o Chile deixa de ter qualquer representante oficial em solo venezuelano.
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