A China e a União Europeia reafirmaram nesta segunda-feira seu compromisso com o acordo de Paris contra a mudança climática e pediram a outros signatários que façam o mesmo, dizendo que as ações contra o aumento das temperaturas globais se tornaram mais importantes do que nunca.
Após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país do acordo no ano passado, a China e a UE emergiram como as maiores defensoras do pacto de 2015, cuja meta é manter a elevação das temperaturas globais "bem abaixo" dos 2 graus Celsius.
Em um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira, os dois lados não chegaram a criticar os EUA, mas disseram que o acordo provou que "o multilateralismo é capaz de oferecer soluções justas e eficazes para os problemas globais mais graves de nosso tempo".
Os dois lados disseram que continuam comprometidos com a criação de um mecanismo para transferir 100 bilhões de dólares por anos das nações mais ricas para as mais pobres para ajudá-las a se adaptarem à mudança climática. O fundo é um grande pomo de discórdia com Washington.
Eles também prometeram trabalhar estreitamente para buscar uma solução eficiente para o problema das emissões da aviação e do transporte de cargas e estudar novas maneiras de cooperar no comércio de emissões de carbono.
"O que une a dupla não é só Trump - a China e a UE entendem as oportunidades oferecidas por um mundo limpo e de clima seguro", disse o grupo ambiental Greenpeace em um comunicado.