A China pretende reforçar a educação física nas escolas, tornando-a fundamental para o currículo em vez de uma disciplina secundária, segundo autoridades que buscam uma "educação mais holística" em meio a preocupações cada vez maiores com o aumento da obesidade infantil.
As escolas primárias e secundárias devem garantir que professores de educação física sejam tratados "da mesma forma que seus colegas de disciplinas como chinês, matemática e inglês, e intensificar os esforços para desenvolver esportes importantes como futebol, basquete e vôlei", disse o Ministério da Educação do país, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
"Essas medidas são parte de um impulso mais amplo para uma abordagem mais holística à educação, integrando a aptidão física com o desenvolvimento acadêmico para cultivar alunos bem preparados para o futuro", acrescentou o ministério.
As medidas foram tomadas após a China publicar seu primeiro plano nacional em janeiro para construir uma "nação de educação forte" até 2035. As políticas incluíam a exigência de que alunos do ensino fundamental e médio tivessem pelo menos duas horas de atividade física diária, para efetivamente controlar a miopia e as taxas de obesidade.
Em meados de 2022, havia uma escassez de cerca de 120.000 professores de educação física em todo o país, com as áreas rurais mais afetadas, disse a Xinhua, acrescentando que novas medidas incentivariam o recrutamento de atletas aposentados e veteranos militares para ajudar a preencher a lacuna.
Professores de educação física receberão remuneração igual à de seus colegas de outras disciplinas, com ajustes salariais baseados em desempenho para tarefas esportivas após a escola e treinamento de equipes, disse.
A obesidade juvenil tem se acelerado desde 2019 devido à diminuição de atividades físicas durante os confinamentos da pandemia de Covid e mais pedidos online de "junk food".