Cientistas reconstroem esqueleto de humano pré-histórico misterioso

19 set 2019 - 15h16

Pesquisadores de Israel disseram ter reconstruído o esqueleto de um humano pré-histórico de uma espécie misteriosa e há muito desaparecida, usando o DNA encontrado no osso do dedo mínimo de uma menina de 13 aos que morreu 70 mil anos atrás.

Reconstrução artística da cabeça de humana pré-histórica, apresentada por equipe da Universidade Hebraica, em Jerusalém
19/09/2019
REUTERS/Ammar Awad
Reconstrução artística da cabeça de humana pré-histórica, apresentada por equipe da Universidade Hebraica, em Jerusalém 19/09/2019 REUTERS/Ammar Awad
Foto: Reuters

Pouco se sabe dos hominídeos de Denisova, parentes antigos dos mais conhecidos neandertais e de nossa própria espécie. Sua existência só foi descoberta recentemente e fascina cientistas de todo o mundo.

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Indícios foram descobertos pela primeira vez em 2008, em uma caverna da Sibéria, e hoje se resumem a três dentes, um dedo mínimo e uma mandíbula inferior, disse Liran Carmel, professor de genética da Universidade Hebraica. Segundo ele, o material é o suficiente para criar um retrato de um esqueleto completo de um hominídeo de Denisova.

"Esta é a primeira vez em que fornecemos uma reconstrução anatômica detalhada que nos mostra como estes humanos se pareciam", disse.

No final das contas, afirmou, "somos todos muito semelhantes".

A equipe desenvolveu uma tecnologia para decifrar o DNA antigo e, o mais importante, sua atividade genética, que diferencia um sapo de um girino, por exemplo, embora seu DNA seja idêntico, explicou Carmel.

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O DNA poderia indicar a pele escura, os olhos e o cabelo do hominídeo de Denisova, segundo Carmel, mas ao mapear padrões de atividade genética eles poderiam inferir como a espécie se destacou dos humanos modernos ou dos neandertais. Eles identificaram 56 características diferentes, a maioria no crânio.

Pesquisas indicam que o DNA do hominídeo de Denisova pode ter contribuído para a capacidade dos tibetanos modernos de viver em grandes altitudes ou para a capacidade dos inuítes de suportar temperaturas congelantes.

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