Cinco policiais são baleados em protestos nos EUA

Confrontos aconteceram após Trump prometer acionar militares para deter os tumultos

2 jun 2020 - 08h53
(atualizado às 09h28)

Ao menos cinco policiais norte-americanos foram baleados durante protestos violentos contra a morte de um homem negro sob custódia da polícia, disseram a polícia e a mídia, horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer convocar os militares para deter os tumultos.

Fogos de artifício são disparados atrás de policiais durante protesto em Mineápolis, EUA
01/06/2020
REUTERS/Lawrence Bryant
Fogos de artifício são disparados atrás de policiais durante protesto em Mineápolis, EUA 01/06/2020 REUTERS/Lawrence Bryant
Foto: Reuters

Trump exasperou a revolta na segunda-feira ao posar diante de uma igreja segurando uma Bíblia depois de agentes da lei usarem gás lacrimogêneo e balas de borracha para abrir caminho para ele ir ao local depois de se pronunciar no Jardim Rosado da Casa Branca.

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Manifestantes incendiaram uma rua comercial de Los Angeles, saquearam lojas na cidade de Nova York e se chocaram com a polícia em St Louis, no Missouri, onde quatro policiais foram hospitalizados com ferimentos não letais.

"Policiais ainda estão recebendo tiros no centro, e compartilharemos mais informações assim que ficarem disponíveis", disse a polícia de St Louis no Twitter.

Um policial também foi baleado durante protestos na área da avenida Las Vegas Strip, relatou a agência de notícias AP citando a própria polícia. Outro agente se "envolveu em uma troca de tiros" na mesma área, disse a agência sem dar detalhes da troca de tiros ou da condição do agente. A polícia não quis falar à Reuters.

O governador de Nevada, Steve Sisolak, disse em um tuíte que seu escritório foi notificado sobre dois incidentes diferentes em Las Vegas. "O Estado está em contato com as forças da lei locais e continua a monitorar a situação", disse.

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Trump criticou o assassinato de George Floyd, afro-norte-americano de 46 anos que morreu depois que um policial o conteve apoiando um joelho em seu pescoço durante quase nove minutos em Mineápolis no dia 25 de maio, e prometeu justiça.

Mas como as marchas e as manifestações contra a brutalidade policial se tornaram violentas ao anoitecer em todos os dias da semana passada, ele disse que protestos legítimos não podem ser suplantados por uma "multidão raivosa".

"Prefeitos e governadores precisam estabelecer uma presença contundente das forças da lei até a violência ser contida. Se uma cidade ou Estado se recusar a adotar as ações que são necessárias para defender a vida e a propriedade de seus moradores, mobilizarei os militares dos Estados Unidos e resolverei o problema para eles rapidamente."

Uma segunda autópsia solicitada pela família de Floyd e divulgada na segunda-feira revelou que sua morte foi um homicídio causado por "asfixia mecânica", ou força física que interferiu com seu suprimento de oxigênio, e diz que três policiais contribuíram para sua morte.

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