Colômbia aceitará deportados dos EUA após Trump anunciar taxas e suspensão de vistos

As ordens tarifárias serão "mantidas em reserva e não assinadas"; quanto às restrições de visto, estas serão mantidas "até que o primeiro avião com os deportados colombianos retorne"

27 jan 2025 - 07h32
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro
22/07/2024
REUTERS/Nathalia Angarita
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro 22/07/2024 REUTERS/Nathalia Angarita
Foto: Reuters

O governo da Colômbia concordou em aceitar seus cidadãos deportados dos Estados Unidos em voos militares, informou a Casa Branca na noite deste domingo, 26. O recuo vem após o presidente Donald Trump anunciar tarifas ao país e também a suspensão de vistos. A Colômbia, parceira comercial de longa data dos EUA, "concordou com todos os termos do presidente Trump", disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt.

As ordens tarifárias serão "mantidas em reserva e não assinadas". Mas, de acordo com a secretária, Trump deve manter as restrições de visto para autoridades colombianas e aumentar as inspeções alfandegárias de produtos do país, "até que o primeiro avião com os deportados colombianos retorne".

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Mais cedo no domingo, o presidente colombiano, Gustavo Petro, recusou a entrada de dois aviões que levavam imigrantes ilegais de volta ao país e deu ordem para que o avião presidencial fosse buscar os deportados nos EUA.

Em comunicado, o governo da Colômbia justificou a decisão como forma de garantir a dignidade dos deportados. "De maneira nenhuma os colombianos, como patriotas e sujeitos de direitos, foram ou serão desterrados do território colombiano", disse o governo em nota.

A deportação massiva feita por Trump foi objeto de crítica em diferentes países latino-americanos, como México, Honduras e Brasil, onde os imigrantes relatam terem sofrido agressões e maus-tratos de agentes americanos. /Com informações de AFP e AP

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