As autoridades chilenas anunciaram nesta segunda-feira, 27, o fim do estado de emergência em vigor no país desde o início da pandemia de coronavírus, decisão tomada após o registro de uma queda acentuada de casos da doença.
O estado de emergência, uma medida administrativa extraordinária aprovada pelo Congresso no início de 2020, permitiu ao governo impor toques de recolher noturnos e quarentenas forçadas em distritos duramente atingidos em meio ao pior surto do país.
"Durante os últimos três meses, a situação da saúde evoluiu favoravelmente, com uma redução muito significativa nas infecções, casos ativos, hospitalizações e mortes", disse o presidente Sebastián Piñera a repórteres em entrevista coletiva.
O Chile liderou uma das campanhas de vacinação mais rápidas e bem-sucedidas do mundo e tem hoje quase três quartos de sua população totalmente vacinada, de acordo com uma contagem da agência Reuters. Como resultado, as infecções despencaram.
O governo disse que irá relaxar as restrições em vigor, aumentar os limites de capacidade em eventos e espaços públicos e, no início deste mês, reabrir suas fronteiras aos turistas.
O anúncio vem no mesmo dia em que as autoridades de saúde começaram a vacinar crianças entre 6 e 11 anos com a vacina chinesa Sinovac, que recebeu aprovação emergencial em setembro.
O Chile registrou 640 novos casos nesta segunda-feira, com uma taxa de positividade de cerca de 1,08% nas últimas 24 horas. /REUTERS