Com demanda ucraniana, exportações de armas dos EUA batem recorde em 2024

24 jan 2025 - 19h19

As vendas de equipamentos militares dos Estados Unidos para governos estrangeiros cresceram 29% em 2024, atingindo a cifra recorde de 318,7 bilhões de dólares, afirmou nesta sexta-feira o Departamento de Estado, com países buscando repor seus estoques que foram enviados para a Ucrânia e se preparando para grandes conflitos.

Os números do último ano do governo do presidente Joe Biden justificam as expectativas de vendas mais robustas de fabricantes norte-americanas de armas como a Lockheed Martin, a General Dynamics e a Northrop Grumman, cujas ações devem subir em meio à instabilidade global.

Publicidade

Durante sua campanha presidencial, o republicano Donald Trump afirmou que os aliados dos EUA deveriam gastar mais em Defesa. O presidente quer que membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) gastem 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no setor, o que seria um grande crescimento ante os atuais 2%. O nível pedido não é atingido atualmente por nenhum país da aliança, nem mesmo pelos EUA.

As vendas e transferências de armas são vistas como "ferramentas importantes da política externa dos EUA, com implicações potenciais de longo prazo para a segurança regional e global", afirmou o Departamento de Estado em comunicado.

As vendas aprovadas em 2024 incluem 23 bilhões de dólares em caças F-16 e melhorias para a Turquia, 18,8 bilhões de dólares em caças F-15 para Israel e 2,5 bilhões de dólares de tanques M1A2 Abrams para a Romênia.

As compras aprovadas em 2024 geralmente vão para a carteira de pedidos das fabricantes de armas dos EUA, que esperam que os resultados dos próximos trimestres sejam sustentados pela venda de centenas de milhares de projéteis de artilharia, centenas de interceptadores de mísseis Patriot e pelo aumento nos pedidos de veículos blindados.

Publicidade
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se