O avanço dos casos de Covid-19 provocados pela variante Delta voltou a fazer com que o Reino Unido registrasse o maior número de contágios desde fevereiro nesta quinta-feira (16). Segundo o boletim diário, foram 11.007 contaminações confirmadas em mais de 1,1 milhão de testes realizados.
A elevação constante fez, inclusive, com que o governo de Boris Johnson adiasse para julho a flexibilização total das regras sanitárias. Ainda conforme o relatório, há uma alta de 33,7% nos dados semanais, com 58.830 casos confirmados nos últimos sete dias. A média, porém, ainda está sob controle, com 75 contágios a cada 100 mil habitantes.
A boa notícia é que o aumento nas mortes está em ritmo menor do que as contaminações, o que comprova que as vacinas estão fazendo efeito. Foram 19 óbitos nas últimas 24 horas e 78 nos últimos sete dias. Já as internações continuam a aumentar, com 222 em um dia. Foram 1.324 na última semana.
Os números da pandemia de coronavírus voltaram a subir nas últimas semanas mesmo que o país tenha cerca de 80% dos habitantes tendo recebido ao menos uma dose dos imunizantes disponíveis. Das quase 73 milhões de doses aplicadas, 42 milhões são de primeira administração e, ao todo, 30,6 milhões de cidadãos completaram o ciclo imunização.
O chefe-médico da Saúde na Inglaterra e conselheiro do governo britânico, Chris Whitty, alertou que a pandemia de Covid-19 não vai terminar rapidamente e que não está descartada uma nova onda de casos "entre o fim do outono e início do próximo inverno", ou seja, entre setembro e dezembro de 2021.
O Reino Unido foi um dos países europeus mais afetados pela pandemia e chegou a ter picos de mais de 65 mil casos de Sars-CoV-2 e de 1,6 mil mortes por dia. No entanto, o amplo esforço de vacinação da população - sendo o primeiro país ocidental a iniciar a imunização em 8 de dezembro - conseguiu derrubar as médias da crise sanitária. .